Com o fim do Grêmio, do PCN, da escola e o início da fase adulta, eu precisava abrir as minhas "asas" e seguir o meu caminho. Antes de terminar as aulas, eu havia conversado com a minha amiga Ana Beatriz, que estava buscando um emprego. A Bia me recomendou um lugar chamado "Camp", uma espécie de agência que recruta jovens para se tornarem jovens aprendizes. Havia algumas vagas para trabalhar na Rede de Supermercados "Supermarket".

O primeiro desafio foi participar do processo de seleção. Depois, fui para a segunda etapa e passei, onde assinei o contrato. Em seguida, precisava assinar o contrato com a empresa, e essa é uma história engraçada. Era um dia chuvoso, e eu havia saído de casa com meu pai quando pegamos um temporal. Lá cheguei no RH do mercado, molhado, com sapatos sujos por causa da chuva e cabelo despenteado, com a certeza de que não seria contratado. No entanto, a moça do RH foi muito simpática, e depois de assinar, marcaram o dia para o início do trabalho.

No início, tive muitas dificuldades, mas aos poucos fui melhorando e me esforçando, mesmo com algumas limitações. Ontem, pela primeira vez, chefiei uma pequena equipe na ausência do meu encarregado. Fui muito bem e fiquei bastante feliz. Atualmente, trabalho no Supermarket de segunda a quinta das 14h às 20h. Na sexta-feira, vou ao curso de jovem aprendiz das 8h às 13h.

Trabalhar em mercado é uma loucura e coisa de doido. É muito trabalho para pouco retorno, você não tem muita expectativa de crescimento e é muito cansativo. No início, eu me machucava bastante, mas aos poucos fui aprendendo a lidar e hoje não me machuco mais. O repositor deveria ganhar mais porque o trabalho é difícil, mexe com seu psicológico, além de dores no corpo, pois você carrega peso e termina doendo as costas, braços e pernas.

No meu tempo livre, aproveito para compor, lançar álbuns, escrevo para vocês aqui, publico vídeos no Instagram e aproveito para visitar exposições, ver o meu afilhado e, às vezes, saio com meus amigos.