Após alguns meses, retorno à escola em que fui presidente do grêmio estudantil pela União de Estudantes. Um mandato que durou de 2023 a 2024, cheio de conquistas e lutas importantes, mas também de tristezas que deixaram marcas profundas e mágoas que ainda tento curar.

Aqui no Blog Alisson Davi, citei o grêmio estudantil em cinco ocasiões: o primeiro texto foi sobre minha atuação política, o segundo mostrou imagens da época, o terceiro falava do dia em que me tornei presidente e o último contava os bastidores que somente meus amigos próximos (Gabriela, Vitória, Ananda, Ludmila) e os integrantes do grêmio sabiam.

Todas essas situações me causaram muito mal. Lembro que, durante meu afastamento, senti uma tristeza incalculável, um sentimento de traição e de ingratidão por tudo que havia feito por Nazareth.

Dei tudo de mim. Quantas vezes parei minha vida para me dedicar a esse trabalho? Eles foram ingratos, e não foi só comigo. Foram ingratos com a Adriana, ex-diretora-geral do CE Professora Maria Nazareth, que, inclusive, foi a pessoa que abriu as portas para que eu pudesse fazer meu trabalho sem limitações.

A segunda foi a Valéria Plaisant, a professora que foi o "tempero" do grêmio. Desde o início, tivemos uma grande parceria. Ela foi a responsável por fazer com que nossos projetos saíssem do papel e a nossa maior motivadora. Inclusive, somos amigos até hoje.

O terceiro e o quarto foram Marcelo, representante dos pais, e Cláudia, representante do conselho fiscal, que me ajudaram em tudo referente às lutas pela escola e me protegeram. Hoje, os dois se tornaram meus padrinhos.

Precisei fazer essa introdução para contar minha reação ao retornar à escola.

Desde o início deste ano, venho tentando pegar meu certificado de conclusão do ensino médio, mas nas últimas três vezes em que fui, o documento estava errado. Primeiro, erraram meu sobrenome; depois, o nome da minha mãe; e na outra vez, esqueceram a assinatura da secretária de educação.

Eu não queria ir porque o local me trazia lembranças que ainda precisavam ser curadas.

No dia 25 de agosto de 2025, na companhia do meu pai, entrei na escola e percebi algumas pequenas mudanças, como a pintura e alguns rostos novos.

Dei "bom dia" ao porteiro, que não me respondeu. Desde que eu estudava lá, ele era assim.

Fui à secretaria, assinei todos os documentos e, ao sair, vi alguns funcionários da escola que me olharam com surpresa, mas não falei nada.

Ao sair da escola, falei a seguinte frase: "ESPERO NÃO PISAR AQUI NUNCA MAIS", e o porteiro me acompanhou com o olhar.

Em seguida, conversei com meu pai sobre as mágoas e, depois, com minha mãe.

Bom, agora posso dizer que não tenho mais nada que me ligue ao CE Professora Maria Nazareth.

A forma como fui tratado nos últimos dias em que estive lá me machucou. Como mencionei, senti falta de gratidão. Faltou um abraço ou, no mínimo, uma ligação de agradecimento. Recentemente, encontrei a diretora adjunta e uma professora, e ao me verem, percebi que ficaram sem graça. Apenas nos olhamos, e não as cumprimentei.